domingo, março 25, 2007
Quan Yin
Descansei no teu regaço e por momentos pude ser.
"A Mente é como um oceano ilimitado de luz, ou espaço infinito, do qual brota Bodhi, uma energia maravilhosa, que gera em nós a ânsia pelo Despertar. Mas para despertar, precisas de uma imensa provisão de sabedoria e compaixão. A Sabedoria inclui a percepção completa e directa do não-ego e da não existência de algo como um “ego próprio” em nenhum objecto. A Compaixão é o meio supremo para a destruição do apego a um sentido do ego ilusório."
de Boddhisattva of Compassion, The Mystical Tradition of Quan Yin, de John Blofeld
quinta-feira, março 22, 2007
quarta-feira, março 14, 2007
Água
Fluir ondulatório da sede
Infiltração silenciosa do sentir
Ressonância cavada pela dor
Solução imaginada do sonhar
Torrente cálida das opiniões
Solvência nocturna nos medos
Esvaziamento intermitente e turbulento
Drama passional dos relacionamentos
Manifestação instantânea das verdades
Purificação (e desvanecimento) no profundo
José Ocidental,
União Budista, Porto
Infiltração silenciosa do sentir
Ressonância cavada pela dor
Solução imaginada do sonhar
Torrente cálida das opiniões
Solvência nocturna nos medos
Esvaziamento intermitente e turbulento
Drama passional dos relacionamentos
Manifestação instantânea das verdades
Purificação (e desvanecimento) no profundo
José Ocidental,
União Budista, Porto
domingo, março 11, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
Mundo da água
Ao ler este texto, não pude deixar de pensar no elemento Água, que a-bordamos ontem. Quem esteve na sessão, sabe que às tantas o tema trans-bordou. Coisas da água.
Algumas das sensações/imagens que a água "me" evoca: brincadeira/prazer, envolvimento, purificação, morte/vida, dor/lágrimas. Uma ideia que "me" evocaram: "deixar-se ir". Outra ideia visual - a linha do horizonte: o que está para traz dessa linha?
Um conselho de Tenzin Wangyal Rinpoché: se estiveres numa situação que te causa rigidez, falta de à-vontade, recorda o conforto da água. Se te sentes agitado, preocupado, demasiado crítico, liga-te à água.
Algures no meio do deserto, há um poço escondido.
O Principezinho
Os cinco elementos
Às quartas-feiras na UBP temos estado a "explorar" os cinco elementos. Há um texto lindíssimo de Tenzin Wangyal Rinpoché que, embora um pouco longo, vale a pena ler. É um pouco o mito da criação à maneira tibetana :)
"Para cada um de nós tudo começa com o espaço primordial, a Grande Mãe onde todas as coisas existem, e em que todas as coisas se dissolvem. Neste espaço há movimento. O que o causa, ninguém sabe. Os ensinamentos apenas dizem: “Os ventos do karma moveram-se”. Este é o movimento do nível mais subtil do lung ou prana, a energia que impregna o espaço infinito, sem características ou divisões. Unido indissoluvelmente ao fluxo de prana está o fluxo da consciência (awareness) primordial, pura e sem identidade. Nesta consciência pura surgem cinco luzes.
As cinco luzes são aspectos da luminosidade primordial. Estas são as cinco luzes puras, o nível mais subtil dos elementos. Falamos sobre a luz e a cor das cinco luzes puras, mas isto é simbólico. As cinco luzes puras são mais subtis do que a luz visível, mais subtis do que tudo o que é percepcionado pelos olhos, mais subtil do que qualquer energia medida ou avaliada por qualquer meio. São as energias de que todas as outras energias, incluindo a luz visível, surgem.
A luz branca é o espaço, a verde é o ar, a vermelha é o fogo, a azul é a água e a amarela é a terra. Estes são os cinco aspectos da luminosidade pura, as energias de arco-íris da esfera da existência.
Quando as cinco luzes são vividas dualisticamente, enquanto objectos para um sujeito que as percepciona, tornam-se mais substanciais. As cinco luzes não se tornam mais grosseiras, mas através da distorção da visão dualística, o indivíduo vê-as como mais grosseiras. Como os elementos se tornam mais substanciais, são mais discriminados, e através das suas interacções manifestam-se enquanto fenómenos, incluindo o sujeito e os objectos que formam toda a experiência dualística.
As cinco luzes tornam-se os elementos naturais, em bruto, e cinco categorias inclusivas de qualidades pertencentes à realidade externa. Tornam-se as diferentes dimensões da existência que são os vários reinos nos quais seres com ou sem forma existem. Como que endurecem e formam os órgãos, os cinco ramos do corpo, os cinco dedos de cada mão, os cinco dedos de cada pé, os cinco sentidos, e o campo dos cinco sentidos. E se continuamos na ilusão, as cinco luzes tornam-se as cinco emoções negativas ou as cinco sabedorias e as cinco famílias de Buda se reconhecermos a sua pureza.
Isto não é uma história sobre uma criação que aconteceu num passado distante. É sobre como vivemos enquanto seres e sobre a ignorância e a iluminação. Se as cinco luzes são reconhecidas como não-dualistas, manifestações incessantes da pura base da existência, o nirvana começa. A consciência (awareness) não se torna ignorante ou iluminada – permanece não dual e pura. Mas as qualidades que nela surgem podem ser vistas como positivas ou negativas. Se a consciência integra e identifica as qualidades puras, um Buda surge; se se identifica com as impuras, um ser samsárico surge. Neste preciso momento, agora, aqui, o processo continua.
Dependendo do facto de integrarmos a nossa experiência imediata com consciência não dual ou de nos agarramos à falsa separação de nós mesmos enquanto sujeitos que experienciam objectos e entidades externas, estaremos num estado natural não dual ou numa mente ignorante."
(do livro Healing with Form, Energy and Light)
Começámos esta investigação pelos elementos na semana passada a partir do elemento Terra. Não sabia muito bem o iria sair dali e, a nível pessoal, a sessão superou as minhas expectativas.
Ontem o Guilherme trouxe-nos um poema sobre o primeiro tema/elemento:
Terra
Qualidade que permite estar
E te-cer o corpo que permanece
Na imobilidade do segredo profundo
Império de cristal mais puro
Duração infinda e inanimada
Da massa espessa e escura
Entidade ordenada e previsível
Trama relacional dos acontecimentos
Alicerce primordial das verdades
Compreensão (e compressão) silenciosa.imagem: Andy Weber
terça-feira, março 06, 2007
o meu livro de cabeceira
como não resisti ao post da Evelyn Rodriguez, mandei vir o livro a thousand names for joy e, claro, é este actualmente o meu livro de cabeceira... literalmente - o que quer dizer que é a última coisa que leio antes de dormir; perguntei à Amy se conhecia a autora e ela disse que tinha ouvido uns dvds dela incríveis, e que o trabalho dela com as pessoas é espantoso... Ainda estou a tentar descobri-la, embora me pareça que só através do livro não chega. "A liberdade significa viver na bondade, como bondade. Significa não ter nunca um momento de medo, raiva ou tristeza - vivendo totalmente exposto, como um presente". (Byron Katie)
A Amy foi embora segunda-feira de manhã cedo. Acordei para lhe fazer um chá antes de partir. Alguma coisa mudou com a passagem dela. E sinto saudades.
A Amy foi embora segunda-feira de manhã cedo. Acordei para lhe fazer um chá antes de partir. Alguma coisa mudou com a passagem dela. E sinto saudades.
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