segunda-feira, fevereiro 25, 2008

És a luz

Hoje partiu a Lucinda, uma grande amiga e praticante, um ser muito bonito e íntegro, que nos inspirava a todos. A sua luz continua a inspirar-nos.

ATTA DIPA és a própria Luz
VIHARATHA confia em ti
ATTA SARANA em nada mais
ANANNA SARANA
DHAMMA DIPA o Dharma é a Luz
DHAMMA SARANA confia no Dharma
ANANNA SARANA em nada mais

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Veio hoje no JOGO

Os ciclos da Semente
"Um ‘blog’, um ‘site’, uma loja ‘online’, um curso. A comunidade gerada no Grande Porto (e no país) em torno do culto das ervas aromáticas e das pequenas culturas biológicas cresce a olhos vistos. O que normalmente não me comoveria muito se, ainda esta semana, uma amiga minha não houvesse trazido do Ikea umas sementes de basílico, semeado aquilo num vaso e ficado chateada por, nessa mesma noite, ainda não ter nascido nada. Decididamente, precisamos de voltar à terra. Vá a www.raizes.org, www.cantinhodasaromaticas.pt ou www.blogdoquintal.blogspot.com e inscreva-se no curso de Ideias Sustentáveis. De Março a Junho, a € 15 a sessão. Há muita gente a ganhar dinheiro e prestígio à custa de uma certa ideia de “ambiente”. Não é o caso. E, quando não é o caso, é nobre." Joel Neto, o Jogo


Aproveitei ter comprado pela primeira vez na vida o Jogo para ler um artigo muita bem escrito sobre "el comandante" (Fidel), de uma jornalista nossa conhecida :) Ultimamente tenho apanhado vários documentários na televisão sobre Cuba, e a excelência da Medicina cubana foi o tema do último. Não cheguei a ouvir o Fidel quando ele esteve cá no Norte. Disseram-me que cá ele "botou" um discurso telegráfico: demorou 3 horas.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Se for possível, manda-me dizer

Se for possível, manda-me dizer:
- É lua cheia. A casa está vazia -
Manda-me dizer, e o paraíso
Há de ficar mais perto, e mais recente
Me há de parecer teu rosto incerto.
Manda-me buscar se tens o dia
Tão longo como a noite. Se é verdade
Que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
De alguns peixes rosados
Numas águas
E dos meus pés molhados, manda-me dizer:
- É lua nova -
E revestida de luz te volto a ver.

Hilda Hilst

Hoje quis recordar isto

The Tao that can be told is not the eternal Tao;
The name that can be named is not the eternal name.
'Nothingness' is the beginning of heaven and earth.'
Oneness' is the mother of everythings.
Ever desireless, one can see the mystery.
Ever desiring, one can see the manifestations.
These two spring from the same source but differ in name;
this appears as darkness.
Darkness within darkness.
The gate to all mystery.

—(Gia-Fu Feng & Jane English, 1972).

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Mais fotos :)

No Quintal, a Mónica colocou mais umas fotos do mini-curso de cozinha vegetariana :) Na última sessão, como estava bom tempo, almoçámos cá fora. Fantástico! Depois aproveitei a boleia da Leonor Moreira para ir conhecer o Cantinho das Aromáticas. Não resisti a uma caixa cheia de plantas (incluindo esteva, só por causa da nostalgia dos montes algarvios)!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

sábado, fevereiro 09, 2008

Cozinha vegetariana
















Hoje tivemos a última sessão do mini-curso de introdução à cozinha vegetariana que realizei no Quintal. Fotos das sessões :) Nas fotos, um menu de tofu, legumes salteados, arroz terra. A repetir :)

mini-curso: ideias sustentáveis

uma ideia muito sustentável :)

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

O amor leva tempo

Por motivos profissionais estive a ler um dossier sobre o sentido do amor que apareceu na Máxima (muito bem feito por sinal!). Nele está incluído um apontamento sobre amor e marcas que achei piada ler (e nele faço sempre uma paragem quando chego ao ponto "o amor leva tempo" - wow, é tão verdade! e por isso mesmo agora parece ser mais difícil - não temos tempo para o tempo)

Amor e marcas
Kevin Roberts, CEO mundial da agência de publicidade Saatchi & Saatchi, defende que o amor é o caminho para as empresas
• Num cenário em que as marcas perderam a sua essência, achou que o amor era a única maneira de aliviar a febre emocional e criar novos tipos de relacionamentos de que as marcas precisavam
• Lançou o conceito de Lovemarks, que não são propriedade dos fabricantes, dos produtores, das empresas. São das pessoas que as amam
• Baseou-se na sua experiência e na sua intuição, mas também em seis verdades sobre o amor:
1. Os seres humanos precisam de amor. Senão, morrem
2. Amar significa mais do que gostar muito
3. O amor diz respeito a corresponder, aplica-se a um sentir intuitivo, delicado
4. Quem e o que amamos é o que importa
5. O amor leva tempo
6. O amor não pode ser comandado ou exigido

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Ainda sobre o "Eu, vegetariano"

Ainda a propósito da reportagem Sic/Visão de Janeiro:


Viva,
No contexto do programa 100% vegetal que foi transmitido ontem pela Sic, hoje de manhã tomei a iniciativa de enviar uma mensagem à médica que acompanhou o jornalista-cobaia, à equipa de jornalistas da SIC e a mesma com conhecimento à Associação Vegetariana Portuguesa. Entretanto, vendo a quantidade de iniciativas neste sentido, decidi partilhar a minha carta com os outros que também viram naquele programa um exercício de pseudo-jornalismo sensacionalista caçador de audiências que se aproveitou de um preconceito antigo.
A saber:
- O Centro Vegetariano
- A Associação Pelos Animais

A quem desejar manifestar a sua opinião, ficam os contactos:

Dr.ª Isabel do Carmo, Hospital de Stª Maria, Equipa de Endocrinologia - hospitaldesantamari a@hsm.min- saude.pt
Equipa de Reportagem: Director (Alcides Vieira) e Jornalista (Raquel Marinho) - atendimento@ sic.pt

Deixo abaixo a minha mensagem, entretanto corrigida depois de ter acesso às análises mais detalhadas feitas ao 'cobaia'. Um abraço verde, estaladiço, cozido a vapor, que até pode ter falta de B12 (não tem) mas não se deixa levar por preconceitos.

Rita

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Exm.ªs Sr.s,

Envio este email ao cuidado da Dr.ª Isabel do Carmo de Hospital de Stª Maria, dos responsáveis pelo programa Grande Reportagem da Sic e da Associação Vegetariana Portuguesa.

Escrevo-vos na qualidade de Bióloga, e bastante desagradada com o que vi na Grande Reportagem 100% Vegetal, ontem, Domingo dia 13 de Janeiro. A médica nutricionista que acompanhou o percurso do jornalista prestou um serviço de desinformação que, saído da boca de um representante da classe médica no horário nobre, contribuiu para convencer ainda mais a sociedade portuguesa a não ter uma alimentação variada.

Tendo visto o programa com atenção, fiquei com a clara sensação que a informação foi apresentada de maneira tendenciosa.

Os resultados das análises apresentados no final do programa referiam-se a níveis de nutrientes como a vitamina B12, o Ferro e o Zinco. Não foi feito nenhum exame ao Cálcio, que tem tendência a ser maior numa dieta vegetariana devido ao aumento de ingestão de vegetais de folha verde que, com excepção dos espinafres, são os alimentos com maior quantidade de Cálcio biodisponível. Sendo crença comum (mas não necessariamente verdade) que o Cálcio é um nutriente muito importante,
a não inclusão de análises ao Cálcio no programa vegetariano parece-me tendenciosa. A apresentação em particular dos níveis de nutrientes que desceram e não dos parâmetros que melhoraram (com excepção do colesterol) também foi tendenciosa: não é preciso ser médico para pegar na folha das últimas análises que fizémos e ver que os parâmetros que são normalmente usados como indicadores do nosso estado de saúde não foram mencionados (passo a citar: tipos de eritrócitos, tipos de linfócitos que caracterizam o sistema imunitário, triglicéridos, análise bioquímica e colorimétrica da urina).

Além disso, tenho a apontar que como nutricionista, a médica escolhida para o acompanhamento devia estar informada de que mandar analisar os níveis de B12 só indica quanta B12 ingerimos nos dias anteriores e não o estado do nosso corpo em relação a esse nutriente: o nosso fígado tem capacidade de armazenar vitamina B12 em quantidades que dão para
nos sustentar vários anos, e os parâmetros que deve ser mandado analisar para avaliar se temos carência de B12 são os que caracterizam o estado do fígado, o tamanho e a velocidade de sedimentação das hemácias e dos neutrófilos (um tipo de glóbulos brancos), que na falta de B12 são produzidos com um tamanho anormalmente grande e geram uma doença chamada anemia megaloblástica. outro método ainda mais fiável de detectar a falta de vitamina B12 no organismo é a análise aos
parâmetros do fígado: dosagem de ácido metilmalónico (MMA) e homocisteína (Hcy), enzimas do fígado que dependem directamente da B12. Níveis baixos de B12 no sangue podem simplesmente significar que bebemos muita água e ela já saiu sob a forma de urina.

Da mesma maneira, para avaliar se há carência de Ferro manda-se analisar o nível de hemácias (glóbulos vermelhos) e fazer uma prova de esforço que deve ser comparada com uma prova de esforço feita antes do início do regime vegetariano. A falta de Ferro provocaria uma menor capacidade de fixação de oxigénio pelas hemácias e uma performance muito inferior na prova de esforço. Apesar destes parãmetros não terem sido mencionados, como nutricionista, a médica que participou na grande reportagem devia ter explicado ao jornalista-cobaia que basta incluir beterraba na dieta para que os níveis de Ferro se mantenham óptimos.

Espero que tenham em conta a minha opinião e que não surjam mais reportagens que, apesar de apresentadas cheias de boas intenções, depois revelam-se destinadas a justificar preconceitos já existentes.
Sem mais de momento,

Ana Rita Varela
Bióloga
Vegetariana desde Setembro de 1997, e com análises dentro dos parâmetros considerados "normais"

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CORRECÇÃO POSTERIOR, colocada no site do artigo "Eu, Vegetariano" (http://aeiou. visao.pt/ Actualidade/ Sociedade/ Pages/vegetarian o.aspx):
Acabei de verificar na infografia que os níveis de homocisteína estavam bem melhores depois da dieta vegetariana do que antes.... afinal o senhor ganhou maior capacidade de armazenar B12 no fígado e tem-o a funcionar melhor. A Sr.ª Dr.ª nutricionista não estudou isto ou não se actaliza desde que tirou o curso?