adorei!

a exposição de origami no Quintal! entretanto a Mónica mostrou-me um site óptimo para quem quer aprender... a fazer dobrinhas :) Vale também a pena ver as fotos da Marta (a autora dos origamis) no Flickr!

almoço de domingo

Domingo passado fizemos uma prática na UBP. O texto lido foi este.
E o almoço constou de batatas e salada do quintal da mãe da Teresa (as ervas aromáticas nas batatas são da nossa varanda!!) E um caril de tofu. Muito bom.

Um campo de treino

Suponha que existe um lugar para onde poderíamos ir para aprender a arte da paz, uma espécie de campo de treino para guerreiros espirituais. Em vez de gastar horas e horas a disciplinar-nos para derrotar o inimigo, poderíamos passar horas e horas a desfazer as causas da guerra.

Tal lugar poderia ser chamado de campo de treino do bodhisattva ou treino para os servidores da paz. A palavra bodhisattva tem a ver com aqueles que se comprometeram com o caminho da compaixão. Esse campo de treino poderia ser dirigido por Nelson Mandela, Madre Teresa ou Sua Santidade, o Dalai Lama. Mais provavelmente, seria dirigido por pessoas que nem mesmo conhecemos e de quem nunca ouvimos falar, apenas os homens e mulheres comuns de toda parte do mundo que dedicam sua vida a ajudar os outros a se livrarem da dor.

Os métodos ensinados no treino do bodhisattva poderiam incluir a prática de meditação e tonglen. Poderiam também incluir as seis paramitas - as seis actividades dos servidores da paz.

A palavra paramita significa "ir até à outra margem". Essas acções são como um barco que usamos para atravessar o rio do samsara. As paramitas são também chamadas acções transcendentes porque são baseadas em dar um passo para além das noções convencionais de virtude e não-virtude. Elas treinam-nos para irmos completamente para além das limitações da visão dualista e para desenvolvermos uma mente flexível.

Um dos principais desafios desse campo seria evitar tornar-se moralista. Com pessoas vindas de todos os países, haveria muitas opiniões conflituosas sobre o que é ou não é ético, sobre o que é ou não proveitoso e, provavelmente, logo precisaríamos pedir às pessoas mais sensatas e despertas do local que dessem um curso sobre flexibilidade e humor!

À sua própria maneira, Trungpa Rinpoche idealizou um curso assim para os seus alunos. Ele pedia para memorizarmos certos cantos e alguns meses depois de a maioria de nós ter conseguido aprender, mudava a letra. Ele nos ensinava determinados rituais e queria que praticássemos com muita precisão. Quando estávamos quase começando a criticar aqueles que erravam ao praticá-los, ele nos ensinava os rituais de forma totalmente diferente. Mandava imprimir lindos manuais com todos os procedimentos correctos mas, de modo geral, eles já estavam desactualizados antes mesmo de serem publicados. Após anos desse tipo de treino, começa-se a desistir de ter controle. Se as instruções de hoje são para colocarmos tudo do lado direito, fazemos isso tão impecavelmente quanto possível. Se amanhã as instruções são para colocar tudo do lado esquerdo, nós cumprimo-las com todo o coração. A ideia de que existe uma única maneira correcta como que se dissolve em névoa.

Pema Chodrön, Quando tudo se desfaz: instruções para tempos difíceis

Negócios e espiritualidade

Pelo que me é dado ver, ainda é muito lenta (ou quase inexistente) aqui em Portugal a compreensão de que o material e o espiritual não são dois campos opostos e que uma verdadeira prática tem de incluir todos os campos da vida humana, designadamente o dia-a-dia (e nomeadamente o trabalho!). A tentativa de um modo de viver justo (right livelihood) é uma das componentes do Caminho Óctuplo e por muitas razões tornou-se um dos temas de reflexão mais importantes para mim nos últimos tempos. Por isso foi engraçado saber que em Lisboa, o Sagarapriya e os estudantes que frequentam as sessões que ele orienta estão a avançar com um projecto muito concreto a este nível. Por aqui, nada de tão concreto... mas para já, a curiosidade pelo conceito de Dharma Marketing, apresentado pelo Paulo Vieira de Castro.

Alguns artigos (em inglês) sobre esta questão dos negócios e espiritualidade:
Authentic Leadership
Reinventing Capitalism: Putting Soul in the Machine,
The Business of Saving the World

e, claro, os artigos da Evelyn Rodriguez na categoria de Marketing, Clear and resonant marketing, Social Enterprise, etc....

entre

Pequenas viagens, transportar-me entre um
mundo e o outro, e no meio, o encanto.

Ecos

Abro a porta
a um cheiro antigo
lenha queimada e ervas secas.
Escuto o eco de vozes através das paredes e dos anos
ouço o som de passos fazendo ranger as madeiras do soalho
Estalidos e vislumbres de que só eu conheço o significado.
Ouço a tua voz.
Não preciso de percorrer os caminhos para saber onde está cada pedra,
cada ramo que se curva à tua passagem.

Retomo a mesma história
uma só história
um fio dos teus cabelos
até ao fundo
mais longe e mais suave
tão perto de uma pequena voz longínqua.

Pessoas bonitas

Uma das melhores coisas com o trabalho relacionado com a UBP é o contacto com tantas pessoas interessantes. Pessoas que frequentam as nossas actividades (o curso à Sombra da Árvore de Bodhi está a ser uma experiência fantástica em grande parte pelas pessoas presentes), outras que aparecem para falar, porque andam à procura, etc. Ultimamente pude conversar com a Carla (Martins) e fiquei fascinada com o trabalho dela. É bom saber que cá no Porto há psicólogos a trabalhar com a psicologia integral do Ken Wilber e a tentar integrar outras ferramentas (a psicologia ayurvédica, nomeadamente) na sua prática de psicoterapia convencional. Mais informações sobre o trabalho da Carla na Gota de Orvalho.

trilhar o caminho

Foi uma libertação e uma abertura. Foi varrer a casa. E a um certo nível nem sei porquê. Claro, houve o desfazer de dúvidas, o confirmar certezas. Mas foi mais do que isso. E só consigo falar de abertura e de uma nova energia. Aquela que abre portas.

Concrete Angel

Concrete Angels

Sábado à tarde no Quintal

Ler o último Tricycle, tomar um chá gelado servido pelo Tomás, conversar com amigos à sombra das árvores e das "jeunes filles en fleur"... tudo isto no Quintal, sábado à tarde :)