domingo, junho 17, 2007

Ecos


Abro a porta
a um cheiro antigo
lenha queimada e ervas secas.
Escuto o eco de vozes através das paredes e dos anos
ouço o som de passos fazendo ranger as madeiras do soalho
Estalidos e vislumbres de que só eu conheço o significado.
Ouço a tua voz.
Não preciso de percorrer os caminhos para saber onde está cada pedra,
cada ramo que se curva à tua passagem.

Retomo a mesma história
uma só história
um fio dos teus cabelos
até ao fundo
mais longe e mais suave
tão perto de uma pequena voz longínqua.

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