quinta-feira, agosto 03, 2006

Ser e parecer

Dizia Helen Keller: "segurança é sobretudo uma superstição. Não existe na natureza... A vida ou é uma aventura ou não é nada." O post do Pedro Observação de raízes vai de encontro a muito daquilo em que tenho andado a pensar ultimamente. Não sei se é só por causa da minha situação actual ("desempreguei-me"), ou se são daquelas ideias que andam no ar. O Pedro trocou a segurança de uma vida "estável" por um projecto de agricultura biológica. Conheci alguém que deixou uma situação com "status" como engenheiro para tirar um curso de enfermagem. Ainda há pouco, outra pessoa com uma situação igualmente estável acabou com os projectos a que se dedicava profissionalmente "com os quais a nossa saúde mental e física fica muito abalada e cada vez mais débil" para se dedicar integralmente à permacultura.

Há uma história Zen em que o estudante pergunta ao professor: "Por favor, podes ajudar a libertar-me?" E o professor responde: "Quem te prende?"

É uma pergunta essencial a fazer a todo o momento.

Uma papoila azul, do outro lado do oceano, interroga-se sobre algumas destas e outras ideias:

"I am very safe in my corporate job that keeps me from having any energy to put toward a creative life. I am protected by the extremely normal appearance I put forward when people see I work a corporate job.

And now I’ve left that to find creative work that will allow me to blossom into my own creative self—whatever shape that will be. And it is that, which scares me. It is opening the door to self-expression that causes me to hold back, to freeze."