Folhas no Caminho

Confesso que fiquei algum tempo sem consultar o blog Folhas no Caminho (oi, Ricardo!). Por isso estive a consultar a selecção de alguns dos temas que foram tratados nas "Folhas", e que me deu vontade de ir ler quase tudo, mas comecei pelo fim :) Comecei pela questão dos monges casados, pois no budismo Zen do Japão os monges foram obrigados a rejeitar o voto de castidade por motivos políticos. Muito francamente, concordo com o Dalai Lama. Há tantas possibilidades para praticar a via da Buda, podemos assumir tantas posturas e diferentes maneiras de estar, portanto por que confundir as coisas? Às vezes fica-se com a impressão de que há pessoas que querem ser monges pelas vestes e por acharem que é especial (e claro que é especial) mas não estão prontos a ir até ao fim. Não vejo problema nenhum em não conseguir ou não querer assumir certos votos, não conseguir deixar de fumar, beber, querer ter um namorado ou uma namorada e tudo o mais que as pessoas "normais" fazem, mas por que razão não assumem isso simplesmente e não deixam as vestes para quando sentirem que tomar os votos monásticos é o desejo mais profundo do coração que se sobrepõe a tudo o resto? Parece um pouco aquela atitude das sociedades modernas, querer a coca-cola, mas light.

Uma das coisas bonitas que Ajahn Nyanarato disse, na primeira palestra que fez cá no Porto, sobre o facto de ser monge, foi quando referiu a confiança que os outros depositam em alguém que assume as vestes monásticas. Poder confiar em alguém que usa as vestes, pois não é alguém que te vai mentir, que não te vai querer mal, que não vai falar mal de ti e que não te vai desejar. Isso é algo de muito bonito que um monge pode oferecer à comunidade.

Outra temática que vou sem dúvida explorar é Mahayana vs. Theravada (que já tinha começado a ler). Nas Folhas no Caminho há ainda o link para outro blog que dá vontade de investigar, No Que Os Buddhistas Acreditam - fala de coisas como astrologia, sonhos, leituras da sorte, superstições, dogmas etc. Mais temas quentes!