quinta-feira, julho 20, 2006

as it is outside, so it is within the body

Não tenho tido muito tempo para "escritas", pelo menos estas online, ando completamente imersa na astrologia, pois encomendaram-me um tema (e entretanto tenho já outro à espera). Pois, não dá mesmo para explicar a minha paixão pela Astrologia (a minha oposição Sol-Úrano?). Na verdade, desde sempre achei os livros de astrologia fascinantes, talvez porque conhecer o mistério do ser humano seja o que verdadeiramente me atrai, mas ao mesmo tempo tinha muitas reservas. Aquela coisa do pensamento racional, etc. Afinal, sou ascendente Virgem, não é? Mas para além de todas as reservas, tenho um lado muito prático, e se uma coisa funciona "experimentalmente"... convence-me.

No entanto, a astrologia, como qualquer arte preditiva, pode ser uma caixa de Pandora, a manusear com muita cautela, ia a dizer sabedoria, e eventualmente a não abrir.

Parece-me que a diferença fundamental entre astrologia oriental e ocidental é que a oriental continua a concentrar-se essencialmente nas previsões, enquanto a ocidental tornou-se essencialmente um caminho de auto-conhecimento, com o apoio de outras disciplinas, nomeadamente a psicologia (sobretudo na sua componente jungiana), a mitologia, a alquimia, etc. Por isso mesmo prefiro a ocidental. Os meus autores preferidos são Howard Sasportas, Liz Greene, Robert Hand e Stephen Arroyo (o primeiro livro de Astrologia que li, foi Astrologia, Karma e Transformação), que trazem muito desses campos para a astrologia. Para quem não saiba, o conhecimento da astrologia no Budismo Tibetano baseia-se no Kalachakra Tantra.